Tradutor
Está um frio que se intromete pelas costas adentro, sem pedir licença, como um estranho que nos entra pela casa.
Não há uma única estrela no céu, apenas umas nuvens que passam, para cá e para lá, na lonjura de um tecto infinito.
Paisagem sonora: a água que corre lá em baixo, do rio em perpétuo diálogo com as árvores do parque.
Ocasionalmente (ou eventualmente) um ou outro canto de alguma ave nocturna. E agora toca o sino… 1h da manhã, será?
Se eu fosse tradutora de paisagens, diria que as águas do rio procuram embalar as árvores num sono leve e sereno…mas talvez traduzisse assim por ser esse o sono que quero para mim.
1 comentário:
que bonito, Rita!
bjs
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