Sala verde
Olho, um a um, o rosto das pessoas que me rodeiam…
Olhares assustados, cansados… alguns manifestam desespero, outros aparentam uma estranha calma, a qual eu leio como uma preocupação conformada…
Entretanto há quem vá e venha, chegando em camas e cadeiras
Há gemidos e lágrimas
Há gritos surdos que não chegam a lado nenhum porque ninguém os ouve
Corpos que se contorcem dilacerados
Só queria esticar o braço e confortar a dor com a minha mão para aliviar um pouco essa solidão que não escolhe idade, género ou profissão…
Nascemos do barro, todos, e pouco a pouco ao barro retornamos…
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