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Há os que não podem ver, por mais que queiram ou que tentem, mesmo quando olham não veêm, e quando veêm não reparam.
Há ainda os que só conseguem ver o que querem, vivem numa cegueira selectiva, banindo o desconforto para um exílio longínquo, fora do seu campo de visão.
Existem depois os que o medo e a estupidez foram cegando, moldados pelo tempo, reduzidos pela névoa de uma mente incerta.
E existem esses, que deliberadamente se cegam, permanentemente procurando outro olhar, vendando-se a si próprios por não contemplar o que não faz sentido, buscando sem cessar uma verdade mais concreta, mais genuína, mais visível, para lá do que os olhos podem ver.
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